Durante as 24 horas ininterruptas em que permaneceu na região onde o governo do estado está implantando a primeira UPS, no Uberaba, a reportagem da Gazeta do Povo constatou presença maior da Guarda Municipal (GM) em relação à Polícia Militar (PM). A UPS é um projeto estadual, embora com declarado apoio da prefeitura de Curitiba. O comando das polícias Civil e Militar informou que por motivo de estratégia não divulga o número de policiais que permanecem na operação, mas havia uma visível supremacia dos guardas municipais, numa proporção de pelo menos dois por um, ao longo da madrugada de sexta-feira e no decorrer do dia.
De acordo com o comando da GM, 115 homens e mulheres, de um efetivo de 1.650, foram deslocados para apoiar o governo do estado nesse projeto piloto. Os guardas pareciam em maior volume sobretudo nos principais pontos de acesso às 12 vilas que compõem esse extremo do bairro Uberaba. No tempo em que estiveram na região de abrangência da UPS, os cinco jornalistas da Gazeta do Povo foram abordados cinco vezes nos bloqueios de segurança – todas as abordagens foram feitas pela Guarda Municipal. A equipe de jornalistas só se identificava depois de concluída a abordagem, uma forma de avaliar o trabalho prestado à comunidade. Nos cinco episódios o contato foi respeitoso.
Para Edna Paixão da Silva dos Santos, líder comunitária da Vila Icaraí, a Guarda Municipal é referência de bom atendimento. “Quando preciso de algo, ligo para eles”, conta. Ela explica que até as abordagens ou “gerais” realizadas pela Guarda ocorrem com respeito e educação. “A polícia já chega querendo bater”, resume.
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